- Atos dos Apóstolos IV. O Ministério de Paulo
Paulo Perante Nero
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perante uma multidão maravilhada a bandeira da cruz. Contemplando a multidão diante de si – judeus, gregos, romanos, juntamente com estrangeiros de muitas terras, a alma se lhe agita com um intenso desejo da salvação deles. Perde de vista a ocasião em que se encontra, os perigos que o cercam, o terrível destino que parece tão próximo. Vê somente a Jesus, o Intercessor, pleiteando perante Deus em prol de homens pecadores. Com eloqüência e poder mais do que humanos, Paulo apresenta as verdades do evangelho. Aponta a seus ouvintes o sacrifício feito pela raça decaída. Declara que um preço infinito foi pago pela redenção do homem. Foram-lhe providos os meios para participar do trono de Deus. Por meio de mensageiros angélicos, a Terra está ligada ao Céu, e todas as ações dos homens, sejam boas ou más, estão patentes aos olhos da Justiça Infinita.
Assim pleiteia o advogado da verdade. Fiel entre infiéis, leal entre desleais, acha-se ele como o representante de Deus, e sua voz é como a voz do Céu. Não há temor, tristeza, desânimo nas suas palavra ou aspecto. Forte na convicção da inocência, revestido da armadura da verdade, regozija-se em ser filho de Deus. Suas palavras são uma aclamação de vitória por sobre o troar da batalha. Ele declara ser a causa a que dedicou a vida, a única que nunca poderá falhar. Embora ele pereça, o evangelho não perecerá. Deus vive, e Sua verdade triunfará.
Muitos que naquele dia olharam para ele, "viram o seu rosto como o rosto de um anjo". Atos 6:15.
Nunca antes havia aquela multidão ouvido palavras como essas. Elas tocaram uma corda que vibrou no