- Atos dos Apóstolos IV. O Ministério de Paulo
Pág. 452
mantinham o ritual com grande exatidão, estavam rejeitando a Cristo, que era o antítipo de todo aquele sistema.
Paulo declarou que em seu estado inconverso tinha conhecido a Cristo, não por contato pessoal, mas simplesmente pela concepção que, em comum com outros, tinha nutrido concernente ao caráter e obra do Messias por vir. Tinha rejeitado a Jesus de Nazaré, considerando-O um impostor porque Ele não preenchia esta concepção. Mas agora a visão que tinha de Cristo e Sua missão era muito mais espiritual e exaltada; pois tinha sido convertido. O apóstolo afirmou que não lhes apresentava a Cristo segundo a carne. Herodes tinha visto a Cristo nos dias de Sua humanidade; vira-O Anás; Pilatos, os sacerdotes e príncipes tinham-nO visto; viram-nO os soldados romanos. Mas não O haviam visto com os olhos da fé; não O tinham visto como o Redentor glorificado. Apreender a Cristo pela fé, ter dEle um conhecimento espiritual era mais para desejar que um contato pessoal com Ele como apareceu na Terra. A comunhão com Cristo na qual Paulo agora se rejubilava era mais íntima, mais duradoura que um mero e humano companheirismo terrestre.
Ao falar Paulo do que sabia e testificar do que vira, concernente a Jesus de Nazaré como a esperança de Israel, os que honestamente estavam procurando a verdade foram convencidos. Em alguns espíritos, pelo menos, suas palavras fizeram uma impressão que jamais se apagou. Mas outros se recusaram obstinadamente a aceitar o claro testemunho das Escrituras, mesmo quando apresentado a eles por alguém que tinha especial iluminação do Espírito Santo. Eles não podiam refutar seus