Comentário Bíblico

Adventista

 Árbitro - (cba)
       ^{Jó 9:33}
Em sua contenda com Deus, Jó acha que não há ninguém que pudesse estar entre eles dois como árbitro. Ele pensa que apenas sob uma das duas condições seguintes é que a disputa entre ele e Deus seria mais equilibrada: (1) se Deus, despindo-Se de todos os Seus atributos divi nos, Se tornasse homem, ou (2) se pudesse ser achado algum árbitro para decidir a disputa. Jó não achava possível, contudo, que ocorresse alguma dessas condições. O evangelho provê o cumprimento de ambas as condições. "O Eu Sou é o Árbitro entre Deus e a humanidade, pondo a mão sobre ambos" (OTN, 25). Não que precisemos imaginar que Jesus resolva uma contenda entre o homem e Deus, mas que Ele é Aquele que representa Deus para o homem, Aquele através de quem o homem pode compreender a Deus e se aproximar dEle (ver Hebreus 2:17,18).

¹⁷ Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo. ¹⁸ Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados. Hebreus 2:17,18

 Ponha a mão sobre - (cba)
       ^{Jó 9:33}
Tem sido sugerido que talvez isto se refira a alguma antiga cerimônia na qual , por alguma razão, o juiz ou árbitro colocava a mão sobre as duas partes que estavam numa disputa legal. Talvez signifique que o árbitro tivesse o poder de controle sobre ambas as partes, que era sua incumbência mantê-las dentro dos limites apropriados, impedir qualquer expressão imprópria e cuidar para que o debate fosse conduzido de maneira justa para ambos os lados. Esta figura, é claro, não poderia ser aplicada a Deus como uma das partes, embora no conceito de Jó a aplicação fosse válida.

Comentário Bíblico

Mathew Henry

 Nota - (Mathew Henry)
       ^{Jó 9:25-35}
Que pouca necessidade temos de passatempos, e que grande necessidade de remir o tempo, quando este corre tão veloz para a eternidade! Quão vãos são os prazeres temporais, os quais podemos perder completamente enquanto o tempo segue sua marcha! A memória de haver cumprido com nosso dever será sempre agradável posteriormente; porém, não será assim a memória de haver tido riquezas terrenas, quando estas se perdem e se acabam.

A queixa de Jó em relação a Deus referia-se à dificuldade de apaziguá-lo e fazer com que Ele deixasse de ser tão rigoroso; e esta foi a linguagem da corrupção de Jó. Existe um Mediador, um Intermediário, um Árbitro para nós, o Amado Filho de Deus, que adquiriu a paz para nós com o sangue que derramou na cruz, que é capaz de salvar a todos os que vêm a Deus por meio dEle. Se confiamos em seu nome, nossos pecados serão lançados nas profundezas do mar (Miquéias 7:19), seremos lavados de toda nossa 1nlundícia e mais alvos que a neve, de maneira que ninguém poderá acrescentar algo à nossa conta. Seremos vestidos com as vestes da justiça e da salvação, adornados com a graça do Espírito Santo, e apresentados irrepreensíveis diante da presença de sua glória, com gozo supremo. Aprendamos a diferença entre justificarmonos a nós mesmos, e sermos justificados pelo próprio Deus.

¹⁹ Tornará a apiedar-se de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades. Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar. Miquéias 7:19

Que a alma tempestuosa considere o caso de Jó, e esteja atenta aos demais que já passaram por este abismo espantoso; ainda que lhes pareça difícil acreditar que Deus os ouve e os livra, ainda assim Ele repreendeu a tormenta e levou os seus ao porto desejado. Resisti ao Diabo; não deis lugar aos pensamentos maus acerca de Deus, nem às conclusões desesperadas sobre vós mesmos. Ide àquEle que convida ao cansado e sobrecarregado, e promete que de maneira alguma os lançará fora.